Diário de uma manteiga derretida: setembro de 2018
O começo de setembro foi muita ansiedade e cansaço. Nada extraordinário, mas um desses tempos em que o dinheiro está apertado, o trabalho está complicado, a saúde não está das melhores, e muitos dos dias são acompanhados por uma nuvem constante de estresse e preocupação. No entanto, o resto do mês trouxe calmaria e bons sentimentos, então a coluna de hoje tem um desequilíbrio considerável entre as datas.
Diário de uma manteiga derretida: agosto de 2018
Agosto é meu mês preferido, porque é quando faço aniversário, no dia 7. É um mês de comemorar, tirar mil selfies, curtir a energia leonina, me arrumar para festas com temas elaborados e específicos (no caso, a deste ano foi temática de espiões). Apesar de adorar (e estudar) astrologia, não sou muito adepta dessa história de inferno astral; no entanto, os dados extremamente objetivos (ou não) dos meus registros não mentem.
Diário de uma manteiga derretida: julho de 2018
Passei pelo menos metade do mês de julho em um estado constante de ansiedade. Sabe quando sua vida tá parada por um tempo, aí de repente várias coisas acontecem e mudam de uma vez e fica difícil se ajustar? Julho foi assim. Além do mais, foi marcado pelo sol em câncer, que deu para todo mundo permissão para ser um pouco manteiga derretida também.
Diário de uma manteiga derretida: junho de 2018
Comecei junho em Berlim e acabei em São Paulo, com um meio de mês esmagado entre a ressaca de uma viagem e a expectativa da outra, cheio de trabalho, de planos, de gente. Uma das coisas que mais me deixa pronta para chorar é exaustão — o cansaço me desestabiliza e a última gota d'água para o choro começar pode vir a qualquer momento. Junho foi um mês cansativo; foi, portanto, um mês de lágrimas.
Diário de uma manteiga derretida: maio de 2018
Em maio, abracei os clichês nas minhas emoções. Teve de tudo: família, amor, trauma, séries de televisão. Um verdadeiro combo de sentimentos clássicos da minha vida — para completar o bingo, só faltou um bom choro catártico na terapia e chorar de dor física (o que não aconteceu, surpreendentemente, apesar de eu ter ficado gripada, com febre, e dias depois derrubar uma gaveta no meu pé direito, que dói até agora).
Crítica: Um Pequeno Favor
Stephanie Smothers (Anna Kendrick) se apaixona por Emily Nelson (Blake Lively) à primeira vista. Quando Emily sai do carro em frente à escola do seu filho, o coração de Stephanie acelera e tudo que ela consegue ver é Emily: os pés calçados em sapatos de salto pisando no chão molhado, o terno elegante e elaborado, o guarda-chuva que ergue com tranquilidade, a firmeza dos seus movimentos, o cabelo loiro esvoaçante e, finalmente, seu rosto radiante mesmo que emocionalmente distante.
Diário de uma manteiga derretida: abril de 2018
Diário de uma manteiga derretida: abril de 2018
A parte fundamental da premissa desta coluna é que eu choro muito. Para quem anda acompanhando, fica claro que é verdade. No entanto, eu só chorei duas vezes em abril.
Sim, só duas vezes.
Quem guia as jornadas?
O poder de transportar o leitor para outros mundos – universos fantásticos, épocas passadas, cidades distantes – é uma das grandes magias dos livros. E um dos aspectos mais interessantes dessas viagens é o ponto de vista de quem nos guia: personagens nos quais podemos nos ver ou cujas experiências podemos compreender de outra forma após a leitura. No entanto, esses pontos de vista ainda são bastante homogêneos, principalmente de homens brancos e héteros, refletindo a identidade da maioria dos...
Um apartamento com fantasmas
No meio do meu apartamento fica um altar. É uma prateleira alta do armário embutido, em um ângulo que, do meu 1,60m no corredor estreito, eu mal enxergo. Nela moram algumas figuras católicas – uma boa quantidade de imagens de São Francisco de Assis, uma ou outra cruz, até um bobblehead do Papa Francisco.
Diário de uma manteiga derretida: março de 2018
Diário de uma manteiga derretida: março de 2018
Quando propus esta coluna, achei que fosse escrever principalmente sobre choros mais fáceis. Sobre a quantidade de lágrimas que caem quando vejo séries de televisão, sobre sentimentos complicados mas comuns de solidão, no máximo sobre crises grandes de desânimo e frustração. No entanto, março chegou com dores maiores e mais complicadas e minha lista dos choros do mês acabou entremeando séries e filmes com mortes e lutos, crises mais simples e cr...
ENTREVISTAMOS O NIALL HORAN E ESTAMOS APAIXONADAS
Hoje quem conversou com a gente foi o Niall Horan! Ele é super talentoso e foi fofíssimo na entrevista :)
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Queer Eye: derrubando a masculinidade tóxica, um corte de cabelo por vez
O modelo do programa já é conhecido de muita gente: uma pessoa em crise com a própria vida é indicada para ter sua existência transformada por profissionais e a experiência registrada para a televisão. Pela própria natureza da premissa, os reality shows de makeover, ou de transformação, frequentemente são um pouco maldosos e superficiais – com julgamentos sobre as roupas, a aparência, os modos ou a casa da “vítima” da vez, tudo facilmente resolvido com compras adequadas ao que é visto como “n...
Diário de uma manteiga derretida: fevereiro de 2018
Uma hipótese: eu choro muito, com facilidade e por emoções variadas. Sou aberta sobre minha tendência a chorar, a ponto de às vezes ter que explicar que "não, não, eu chorei mesmo, não foi só hipérbole". Às vezes no meio de uma conversa sinto os olhos ardendo, a pressão na cabeça, e tenho que cobrir o rosto, respirar fundo, em geral rir um pouco porque a conversa não era tão séria, só envolvia sentimentos demais.
De frente com Valkirias: Julia Anquier
A diretora e roteirista Julia Anquier voltou ao Brasil depois de cinco anos estudando e trabalhando em Nova York – e trouxe, com ela, seu curta-metragem Adeus à Carne, que passou pelos festivais New Orleans Film Festival, Festival des Films du Monde, Oaxaca FilmFest, Fest New Directors, Festival do Rio e levou o prêmio Independent Filmmaker Project. Adeus à Carne, que pude ver no Festival do Rio, onde competiu pela Première Brasil, é um retrato jovem e inovador de uma situação de violência: p...
Final Girls: subvertendo estereótipos
Filmes de terror, especialmente os do gênero slasher, seguem uma fórmula identificável, com tropos conhecidos: as vítimas sobem escadas em vez de sair pela porta, cenas de sexo inevitavelmente significam que aqueles personagens vão morrer em breve, o assassino é quase indestrutível e sobrevive a qualquer coisa, personagens negros e/ou LGBTQ+ morrem logo no começo da trama, todo mundo é suspeito… E o meu tropo preferido: a final girl, isso é, a sobrevivente. Ela é, via de regra, uma mulher jov...